segunda-feira, 5 de junho de 2017

A MENTE - PROCESSOS COGNITIVOS, EMOCIONAIS E CONATIVOS


Caracterizar a mente como um conjunto integrado de processos cognitivos, emocionais e conativos
Durante muito tempo associou-se o conceito de mente á dimensão cognitiva do ser humano. Falar em mente humana era o mesmo que falar em raciocínio, dedução, abstração, juízos e conceitos.
Passado algum tempo, compreendeu-se que o funcionamento mental não se reduz á dimensão cognitiva, á produção racional, abstrata dos conhecimentos. Compreendeu-se que a mente humana implicava também a emoção, os sentimentos, a afetividade e a ação.
Mente passa então a ser encarada como um sistema que integra os processos cognitivos e também os processos emocionais e conativos. É uma manifestação total de processos dinâmicos que interagem constantemente de forma complexa: os processos mentais implicam-se mutuamente de forma integrada.
Funcionamento dos 3 processos mentais:


- Processos cognitivos: estão relacionados com o saber, com o conhecimento, reportam-se á criação, transformação e utilização da informação do meio interno e exterior. Associam-se á questão “O quê?”. No âmbito dos processos cognitivos, estudaremos a perceção, a memória e a aprendizagem.


- Processos emotivos: estão relacionados com o sentir; são estados vividos pelo sujeito caracterizados pela subjetividade. Correspondem às vivências de prazer e desprazer e á interpretação das relações que temos com as pessoas, objetos e ideias. Estão associados á questão “Como?”. No âmbito dos processos emotivos estudaremos a emoção, o afeto e o sentimento.



- Processos conativos: estão relacionados com o fazer, expressam-se em ações, comportamentos. Correspondem á dimensão intencional da vida psíquica. Estão associados á questão “Porquê?”. No âmbito dos processos conativos procuraremos relacionar os conceitos de intencionalidade, tendência e esforço de realização.





Clarisse Ribeiro 
nº7 


segunda-feira, 3 de abril de 2017

Teoria da Psicanálise

Teoria da Psicanálise

Os princípios básicos desta teoria desenvolvida por Freud estariam sintetizados nas três principais obras publicadas pelo neurologista: “Interpretação dos Sonhos” (1899), “Psicopatologia da Vida Cotidiana” (1904), e “Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade” (1905).
Em suma, o estudo de Freud representa a chamada “teoria geral da personalidade”, que consiste num método de psicoterapia. Para que haja o correto entendimento dos processos mentais a partir da ótica da psicanálise, é necessário distinguir os três níveis de consciência do ser humano:
Consciente: é o estado em que sabemos (temos consciência) daquilo que pensamos, sentimentos, falamos e fazemos. São todas as ideias que os indivíduos estão cientes de existir / pensar.
Pré-consciente: é o estado das ideias que estão inconscientes, mas que podem voltar a ser conscientes, caso haja o correto direcionamento da atenção dos indivíduos para elas. Os pensamentos que se encontram neste estado, por exemplo, podem ser percebidos a partir dos sonhos.
Inconsciente: onde ficam guardados todos os desejos e ideias reprimidas, censuradas e inacessíveis ao estado consciente, mas que acabam por afetar os comportamentos e sentimentos dos indivíduos.
Nuno Araújo nº17 12ºA

O que é a Psicanálise

O que é a Psicanálise:

Psicanálise é um ramo clínico teórico que se ocupa em explicar o funcionamento da mente humana, ajudando a tratar distúrbios mentais e neuroses. O objeto de estudo da psicanálise concentra-se na relação entre os desejos inconscientes e os comportamentos e sentimentos vividos pelas pessoas.
A teoria da psicanálise, também conhecida por “teoria da alma”, foi criada pelo neurologista austríaco Sigmund Freud (1856 – 1939). De acordo com Freud, grande parte dos processos psíquicos da mente humana estão em estado de inconsciência, sendo estes dominados pelos desejos sexuais.
Todos os desejos, lembranças e instintos reprimidos estariam armazenados no inconsciente das pessoas e, através de métodos de associações, o psicanalista – profissional que pratica a psicanálise – conseguiria analisar e encontrar os motivos de determinadas neuroses ou a explicação de certos comportamentos peculiares dos seus pacientes, por exemplo.
Nuno Araújo nº17 12ºA

ENGENHARIA SOCIAL

A engenharia social, no contexto de segurança da informação, refere-se à manipulação psicológica de pessoas para a execução de ações ou divulgar informações confidenciais. Este é um termo que descreve um tipo psicotécnico de intrusão que depende fortemente de interação humana e envolve enganar outras pessoas para quebrar procedimentos de segurança. Um ataque clássico na engenharia social é quando uma pessoa se passa por um alto nível profissional dentro das organizações e diz que o mesmo possui problemas urgentes de acesso ao sistema, conseguindo assim o acesso a locais restritos.



A engenharia social é aplicada em diversos setores da segurança da informação, e independentemente de sistemas computacionais, software e/ou plataforma utilizada, o elemento mais vulnerável de qualquer sistema de segurança da informação é o ser humano, o qual possui traços comportamentais e psicológicos que o torna suscetível a ataques de engenharia social. Dentre essas características, pode-se destacar:


A engenharia social não é exclusivamente utilizada em informática. Ela também é uma ferramenta que permite explorar falhas humanas em organizações físicas ou jurídicas as quais operadores do sistema de segurança da informação possuem poder de decisão parcial ou total sobre o sistema, seja ele físico ou virtual. Porém, deve-se considerar que informações tais como pessoais, não documentadas, conhecimentos, saber, não são informações físicas ou virtuais, elas fazem parte de um sistema em que possuem características comportamentais e psicológicas nas quais a engenharia social passa a ser auxiliada por outras técnicas como: leitura fria, linguagem corporal, leitura quente. Esses termos são usados no auxílio da engenharia social para obter informações que não são físicas ou virtuais, mas sim comportamentais e psicológicas.



A maioria das técnicas de engenharia social consiste em obter informações privilegiadas enganando os usuários de um determinado sistema através de identificações falsas, aquisição de carisma e confiança da vítima. Um ataque de engenharia social pode se dar através de qualquer meio de comunicação. Tendo-se destaque para telefonemas, conversas diretas com a vítima, e-mail e WWW. 



Clarisse Ribeiro
nº7

John Watson e o Behaviorismo.


                                                     John Watson e o Behaviorismo

John Watson é considerado o pai da psicologia científica pois demarcou-se de forma radical de toda a psicologia tradicional, que tinha por objetivo o estudo da consciência e por método a introspeção. Não nega a existência da consciência nem a possibilidade do indivíduo se Auto observar, mas considera que os estados de espírito bem como a procura das suas causas só podem interessar ao sujeito no âmbito da sua vida pessoal.

Watson considera que com Wundt a psicologia teve uma falsa partida pois este não foi capaz de romper com as conceções tradicionais. Para se constituir como ciência, a psicologia teve de cortar com todo o passado e constituir-se como ramo objetivo e experimental da ciência. Watson pretendia para a psicologia o mesmo estatuto da biologia. Logo para se constituir como ciência rigorosa e objetiva, o psicólogo terá de assumir a atitude do cientista, trabalhando com dados que resultam de observações objetivas e acessíveis a qualquer outro observador. O psicólogo terá de renunciar à introspeção e limitar-se à observação externa, à semelhança das outras ciências.

Segundo ele, só se pode estudar diretamente o comportamento observável, isto é, a resposta do indivíduo (R) a um dado estimulo (E) do ambiente. E, tal como em qualquer outra ciência, cabe ao psicólogo decompor o seu objeto – o comportamento – nos seus elementos e explicá-los de forma objetiva, recorrendo ao método experimental.

É importante salientar que, para os behavioristas, estímulo é o conjunto de excitações que agem sobre o organismo. O estímulo pode ser assim qualquer elemento ou objeto do meio ou ainda qualquer manifestação interna do organismo (exemplo: a picada de um agulha; contrações do estômago…). Para os behavioristas, a resposta é tudo o que o animal ou o ser humano faz (exemplo: afastar a mão, saltar, chorar…). O comportamento é o conjunto de respostas objectivamente observáveis ativadas por um conjunto complexo de estímulos, provenientes do meio físico ou social em que o organismo se insere.

Watson chegou mesmo a estabelecer uma fórmula que prevê o comportamento: R =f(s), isto é, a resposta (R) depende da situação (S). O estabelecimento de leis do comportamento resulta do estudo das variações das respostas em função da situação. O Psicólogo deverá ser capaz de, conhecendo o estímulo, prever a respostas e, inversamente, conhecendo a resposta, deverá identificar o estímulo ou situação (conjunto de estímulos) que provocou essa resposta.

Para Watson, nós somos o que fazemos, e o que nós fazemos é o que o meio nos faz fazer. Neste sentido, os indivíduos não são pessoalmente responsáveis pelos seus atos, dado que são produto do meio em que vivem. 


                                                      Ana Cláudia Nº2 , 12 A.




                                                                    

Críticas à Psicanálise de Freud

         


          São inúmeras as críticas dirigidas a Freud e à sua teoria.
          Um conceito de ser humano dominado por pulsões, bem como a afirmação de uma sexualidade infantil provocaram, durante a vida e depois da morte de Sigmund Freud, as mais vivas críticas, escandalizando os meios mais moralistas.
          Em primeiro lugar, encontramos limitações relacionadas com o seu método de coleta de dados. Freud apoiava as suas descobertas e consequentes conclusões nas respostas verbais que os seus pacientes manifestavam quando submetidos a análise, a que não pode ser concebido o rigor que seria necessário. Por tal, as condições em que Freud recolheu os seus dados são consideradas assistemáticas e não controladas devido à não efetuação de uma transcrição textual das palavras proferidas pelos pacientes. Ele utilizava um conjunto de anotações que eram efetuadas horas após a sessão com o paciente, o que levaria, certamente, à perda de dados originais, que seriam as palavras exatas dos pacientes, em virtude de eventuais lapsos de memória ou mesmo a possibilidade de omissão e distorção, mesmo que inconsciente e involuntária, dos dados "verdadeiros".
           E, aliada a esta falha, está a reinterpretação dos factos, na medida em que a recordação das palavras dos pacientes poderá não refletir os dados de forma correta, pois estes estariam sujeitos à extração de inferências por parte do investigador, no intuito de encontrar material que sustentasse as suas hipóteses, levando apenas ao registo daquilo que poderá parecer mais oportuno e relevante.
          Os dados registados por Freud consistiam, assim, em lembranças e interpretações dos factos ocorridos o que é, obviamente, uma limitação à sua teoria.
Outra incoerência é encontrada nas diferenças verificadas entre as anotações de Freud referentes às sessões terapêuticas e as suas publicações, que teriam por base as referidas anotações, o que vem provar uma deturpação dos factos. Nestas diferenças encontra-se um alongamento do período de análise; uma versão incorreta da sequência de eventos revelada pelo paciente durante a análise e a afirmação, não fundamentada, da cura do paciente. Não é possível determinar se estas distorções resultaram de uma forma deliberada, a fim de reforçar a sua posição ou, pelo contrário, foram produto do inconsciente de Freud. É igualmente impossível determinar se erros da mesma natureza influenciaram outros estudos de caso, devido à destruição de grande parte dos arquivos dos pacientes.
         Uma outra deficiência diz respeito às poucas tentativas no intuito de verificar a validade dos relatos das experiências infantis dos seus pacientes, nomeadamente inquirindo familiares e amigos relativamente aos eventos descritos, não sendo assim possível a determinação da validade dos relatos dos pacientes.
         Por tudo isto, a coleta de dados, que constitui a primeira etapa de toda a teoria de Freud, é considerada incompleta, imperfeita e imprecisa.
Quanto à segunda etapa, que seria a efetuação de inferências e generalizações a partir dos dados obtidos, nunca foi explicada por Freud, desconhecendo-se assim o ocorrido, mesmo porque os seus dados não são suscetíveis de quantificações e, por tal, torna-se impossível a determinação da confiabilidade ou significação estatística.
          A linguagem usada por Freud é também alvo de críticas, sendo considerada imprecisa e, por vezes, ambígua, ou seja, não utilizava uma linguagem clara, tão característica do método experimental.
          Uma outra crítica é referente à dificuldade de extrair proposições testáveis empiricamente das suas diversas hipóteses pois, como seria possível o estudo laboratorial do desejo de morte? No entanto, após a morte de Sigmund Freud, em 1939, muitos dos seus conceitos foram submetidos a testes experimentais, a fim de examinar a credibilidade científica de algumas das suas formulações, embora as histórias de caso, que constituíam o principal método de pesquisa da literatura psicanalítica, não poderem ser incluídas, pois os pesquisadores só aceitaram os dados que foram obtidos por intermédio de procedimentos possíveis de repetição e que envolvessem técnicas que permitissem a verificação da objetividade do observador. Assim, conceitos freudianos mais amplos como id, ego, e superego, libido, ansiedade, desejo de morte, entre outros, resistiram a tentativas de validação científica. São mesmo alguns freudianos que concordam perante afirmações acerca das contradições verificadas na teoria de Freud e à obscuridade na definição de conceitos da mesma natureza. O próprio Freud reconheceu tal obscuridade e ele próprio refere, nos seus últimos escritos, as dificuldades de definição de certas ideias.
           Freud defendeu que as mulheres possuem superegos sofrivelmente desenvolvidos e se sentiam inferiores pelo seu corpo ser desprovido de pénis, ideia esta que é fortemente contestada por inúmeros psicólogos. Atualmente, acredita-se que a teoria freudiana, relativamente ao desenvolvimento psicossexual feminino, se encontra incorreta.
            A insistência sobre o impulso sexual foi mais uma das razões por que a teoria freudiana encontrou tanta oposição, especialmente durante a vida do seu autor, altura em que a discussão franca sobre a sexualidade era muito mais desaprovada. Não é assim de admirar que a teoria freudiana fosse criticada sob o pretexto de que o seu autor devia ter um interesse patológico pelo sexo, para o considerar uma força assim tão dominante no comportamento humano. No entanto, esta acusação é injusta, pois Freud foi levado a insistir no sexo porque muitos dos seus pacientes sofriam de perturbações sexuais. Alguns teóricos romperam com Freud, alegando que este acentuava demasiadamente as forças biológicas, especialmente o sexo, como forças primárias da personalidade, pois eles consideravam que a personalidade está mais influenciada por forças sociais.
            Freud foi também criticado por ter desenvolvido uma teoria da personalidade baseada apenas em observações de neuróticos, ignorando os indivíduos considerados saudáveis.
            Apesar de todas estas contradições e limitações da teoria freudiana, é incontestável a contribuição que ele trouxe para o mundo da psicanálise.


Ângelo Ribeiro nº4

Kurt Cobain- Montage of Heck




      
      Kurt Cobain – Montage of Heck é talvez o documentário sobre música mais esperado nos últimos anos, abre com comentários de mãe e irmã do vocalista do Nirvana falando o quanto o cantor pensava a todo momento. Somos despejados no início de um show da banda onde Kurt entra de cadeira de rodas, peruca e faz uma performance cómica e divertida, fazendo uma sátira a celebridades da música em seus últimos momentos de vida. Aclamado pelo público, o vocalista encena um desmaio e, logo em seguida, o documentário nos joga na potência máxima de Territorial Pissing.
      O documentário da vida de Kurt Cobain feito por Brett Morgen, organizado/exibido pela HBO e produzido pela filha, France Cobain, embarca profundamente no mundo do artista. Um trabalho de 8 anos, onde Brett teve acesso a todos os arquivos da família de Kurt, uma enorme quantidade de áudios, vídeos caseiros, cadernos, anotações, desenhos e entrevistas para chegar a um objetivo: desvendar a mente do artista que revolucionou o rock na década de 90.
      O início do longa nos mostra vídeos caseiros de um pequeno menino loiro, fofo e bastante brincalhão. Junto de depoimentos de sua mãe, pai e madrasta, um pouco depois somos apresentados ao momento crucial de definição da personalidade de Kurt: o divórcio de seus pais. É nesse momento que vemos crescer seu instinto punk, sua rebeldia e seu amor pela música.
      Com certeza Brett tinha muita coisa a mostrar e soube utilizar esse material de diferentes maneiras. Excelentes animações são realizadas aproveitando o áudio de histórias contadas por Kurt, servindo como uma boa encenação do que escutamos na voz do artista. Presente a todo momento, as anotações, rabiscos e desenhos feitos pelo cantor nos levam a sua mente pertubada, onde podemos ter uma dimensão da loucura que era a mente do artista. Loucura essa que se intensifica no momento que marca a entrada de Courtney Love – sua esposa – em sua vida. É impressionante ver que Courtney não se importou em compartilhar toda a intimidade do casal e o nível extremo de drogas utilizado por eles, inclusive em seu período de gravidez (o que gerou uma enorme polêmica). Nesse momento é nítido também os caminhos que Kurt já começava a trilhar para seu triste fim, e se muitos fãs culpam sua morte devido a entrada de Courtney em sua vida, essa opinião não vai mudar após o documentário.
Ainda que haja excelentes entrevistas com pai, mãe, irmã, ex-namorada, esposa e o amigo e baixista do Nirvana, Krist Novoselik, ainda parece faltar algo entre os depoimentos. Parte disso é devido ao claro foco de Brett na imensidão de arquivos pessoais relacionados a Kurt. Mas isso não justifica, por exemplo, a ausência de uma entrevista com Dave Growl, a qual a justificativa oficial de Brett (dizendo que a entrevista foi tardia e não conseguiu entrar na edição) parece bem fraca visto os 8 anos de desenvolvimento do filme. E sabendo que Courtney Love – que teve alguma voz na  produção do documentário – possui um relacionamento péssimo com o líder do Foo Fighters, isso soa ainda mais estranho.
      No fim tudo termina com aquela notícia fatídica: No dia 5 de abril de 1994, Kurt Cobain se suicidou. O documentário deixa uma impressão bastante forte e sólida sobre Kurt. Desmistifica qualquer áurea de gênio que existe sobre ele, viaja pela mente pertubada de Kurt e mostra o ser humano falho que ele era, mas que tinha um ponto importante: amava a música. No fim, o menino brincalhão dos vídeos caseiros parece ser o mesmo adulto brincalhão com a filha ou o piadista ao dar entrevistas.




Ângelo Ribeiro nº4