domingo, 30 de outubro de 2016

Homem: Instintos e Cultura

Para a psicologia, o Homem é uma correlação entre três conceitos: biologia, cultura e história. Isto é, o Homem possui características biológicas mas tem a capacidade de se adaptar numa sociedade preexistente para sobreviver, é caracterizado pela capacidade de construir e/ou usar instrumentos mas também pela capacidade de socializar, construir um diálogo e possuir crenças e valores.
 Como um ser biológico, o homem possui instintos ,ou seja, uma reacção espontânea no comportamentos de um animal como por exemplo instinto de sobrevivência, procurar comida quando temos fome ou até refugiarmo-nos quando está a chover. Os instintos podem ser classificados em inatos ou adquiridos. Os inatos representam aqueles que nos foram transmitidos pelos nossos progenitores (hereditariedade), que nasce com o ser humano, enquanto que os adquiridos são o resultado da aprendizagem e influência do ambiente em que o indivíduo está inserido. 
Sabendo que a cultura é tudo o que o Homem acrescenta à Natureza que não existe nela, como por exemplo normas, ideias, instrumentos, etc., é possível afirmar que o ser humano para além da sua componente biológica também é um ser cultural.

Será que há uma relação entre instintos e cultura?
Apesar de o instinto actuar nos níveis mais básicos da vida pela sua naturalidade, este muitas vezes é, de certa forma, repreendido quando influenciado pela cultura. Quero eu dizer que, sendo o instinto um reacção tão natural e muitas vezes pouco racional quando toca à auto preservação,  pois é capaz de levar um ser humano a mentir, enganar ou até aniquilar uma futura ameaça, pode ser condicionado e minimizado com um pensamento mais racional (componente cultural). Também é este instinto que nos ensina sobre os riscos de ultrapassar limites, desrespeitar normas, conceitos e intuições. Posto isto é impossível negar a relação instintos-cultura.

Maria Campelos nº14 

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