domingo, 20 de novembro de 2016

A AGRESSIVIDADE NO SER HUMANO

A agressão é um comportamento que visa causar danos físicos ou psicológicos a uma pessoa ou pessoas e que reflete intenção de destuir.
Definir a origem de agressividade é um dos temas que mais debates e polémica desperta, não apenas entre especialistas.
A questão envolve saber se a agressividade é inata ou se é produto da aprendizagem.
  •  A origem da agressividade

Segundo Freud, "A agressividade constitui uma disposição instintiva primitiva e autónoma do ser humano.".

Para Lorenz, a agressão é inerente a todos os organismos. Lorenz defende que a energia agressiva faz parte integrante da natureza humana. A agressividade teria um valor de sobrevivência para a espécie humana, sendo fundamental para a sua preservação.

Segundo Dollard, a explicação para a agressividade humana baseava-se na hipótese frustração -agressão. Explicavam a agressão pelo facto de um sujeito ter sido frustrado, isto, existiria uma ligação inata entre um estímulo- a frustração - e o comportamento da agressão. A agressão funcionaria como um meio de afastar tudo o que impedisse o sujeito de atingir os seus objetivos. Muitas críticas foram colocadas a esta teoria, porque nem todas as pessoas reagem à frustração através de comportamentos agressivos. Por outro lado, podem ocorrer agressões sem ter havido previamente uma frustração. Por exemplo, uma brincadeira de mau gosto pode originar uma agressão.
Para alguns autores, como por exemplo, para Berkowitz, a frustração, para originar a agressão, tem de produzir um estado de excitação como o cólera e a ira. Outros sentimentos provocados pela frustração, como a depressão, não conduzem a comportamentos agressivos.

Bandura defende com a sua teria de aprendizagem social ou moldagem que o comportamento agressivo resulta de um processo de aprendizagem que se baseia na observação e na imitação de comportamentos, no caso, agressivos. Assim, seria no processo de socialização que a criança observaria e imitaria comportamentos agressivos em modelos como os pais, educadores e outras crianças. Passo a descrever uma experiência com crianças conduzidas por Bandura e a sua equipa. As crianças, entre os 3 e 6 anos, foram divididas por 3 salas, com 3 situações distintas:
  • Com um adulto (modelo) que gritava, batia com um martelo e pontapeava um boneco insuflável do tamanho de um adulto;
  •  Com um adulto (modelo) que agua normalmente, sem qualquer agressividade.
  • Sem qualquer modelo.

Foram quantificados os comportamentos agressivos que se manifestavam em pontapés, gritos, murros, insultos, etc. Chegou-se às seguintes conclusões:
  1. As crianças que faziam parte do grupo em que ocorriam as agressões ao boneco imitavam exatamente os comportamentos que tinham observado.
  2. As crianças que faziam parte do grupo em que o modelo não agredia o boneco não apresentavam qualquer modificação no seu comportamento.

Esta e outras experiências levam-no a concluir que os comportamentos agressivos se aprendem por observação e imitação, no contexto do processo de socialização.

Nos seres humanos a manifestação e expressão da agressividade estão dependentes de factores relacionados com o contexto social. A predisposição para a agressividade pode ser estimulada ou inibida: assim explicam as diferenças na expressão na sua expressão em diferentes épocas, entre diferentes culturas e entre diferentes pessoas que fazem parte da mesma cultura.
O processo de socialização que decorre no contexto dos grupos, as interações sociais, a interiorização das normas e as regras sociais reguladoras da expressão e legitimação da agressividade modelam os comportamentos agressivos.

Concluindo, a questão da origem da agressividade para Freud, Lorenz e Dollard é inata, contrariamente para Bandura que afirma que a agressividade é produto da aprendizagem, portanto não conseguimos arranjar uma única origem da agressividade.


Clarisse Ribeiro
nº7 12ºA

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