A agressão é
um comportamento que visa causar danos físicos ou psicológicos a uma pessoa ou
pessoas e que reflete intenção de destuir.
Definir a origem de agressividade é um dos temas que
mais debates e polémica desperta, não apenas entre especialistas.
A questão envolve saber se a agressividade é inata ou se é produto da aprendizagem.
- A origem da agressividade
Segundo Freud, "A agressividade constitui uma disposição instintiva primitiva e
autónoma do ser humano.".
Para Lorenz, a agressão é inerente a todos os
organismos. Lorenz defende que a energia agressiva faz parte integrante da natureza humana. A agressividade teria um
valor de sobrevivência para a espécie humana, sendo fundamental para a sua
preservação.
Segundo Dollard, a explicação para a agressividade
humana baseava-se na hipótese frustração
-agressão. Explicavam a agressão pelo facto de um sujeito ter sido
frustrado, isto, existiria uma ligação
inata entre um estímulo- a frustração - e o comportamento da agressão. A
agressão funcionaria como um meio de afastar tudo o que impedisse o sujeito de
atingir os seus objetivos. Muitas críticas foram colocadas a esta teoria,
porque nem todas as pessoas reagem à frustração através de comportamentos
agressivos. Por outro lado, podem ocorrer agressões sem ter havido previamente
uma frustração. Por exemplo, uma brincadeira de mau gosto pode originar uma
agressão.
Para alguns autores, como por exemplo, para
Berkowitz, a frustração, para originar a agressão, tem de produzir um estado de
excitação como o cólera e a ira. Outros sentimentos provocados pela frustração,
como a depressão, não conduzem a comportamentos agressivos.
Bandura defende com a sua teria de aprendizagem social ou moldagem que o
comportamento agressivo resulta de um processo de aprendizagem que se baseia na
observação e na imitação de comportamentos, no caso, agressivos. Assim, seria
no processo de socialização que a
criança observaria e imitaria comportamentos agressivos em modelos como os
pais, educadores e outras crianças. Passo a descrever uma experiência com
crianças conduzidas por Bandura e a sua equipa. As crianças, entre os 3 e 6
anos, foram divididas por 3 salas, com 3 situações distintas:
- Com um adulto (modelo) que gritava, batia com um martelo e pontapeava um boneco insuflável do tamanho de um adulto;
- Com um adulto (modelo) que agua normalmente, sem qualquer agressividade.
- Sem qualquer modelo.
Foram quantificados os comportamentos agressivos que
se manifestavam em pontapés, gritos, murros, insultos, etc. Chegou-se às
seguintes conclusões:
- As crianças que faziam parte do grupo em que ocorriam as agressões ao boneco imitavam exatamente os comportamentos que tinham observado.
- As crianças que faziam parte do grupo em que o modelo não agredia o boneco não apresentavam qualquer modificação no seu comportamento.
Esta e outras experiências levam-no a concluir que
os comportamentos agressivos se aprendem
por observação e imitação, no contexto do processo de socialização.
Nos seres humanos a manifestação e expressão da
agressividade estão dependentes de factores relacionados com o contexto social. A predisposição para a
agressividade pode ser estimulada ou
inibida: assim explicam as diferenças na expressão na sua expressão em
diferentes épocas, entre diferentes culturas e entre diferentes pessoas que
fazem parte da mesma cultura.
O processo de socialização que decorre no contexto
dos grupos, as interações sociais, a interiorização das normas e as regras
sociais reguladoras da expressão e legitimação da agressividade modelam os
comportamentos agressivos.
Concluindo, a questão da origem da agressividade para Freud, Lorenz e Dollard é inata, contrariamente para Bandura que afirma que a agressividade é produto da aprendizagem, portanto não conseguimos arranjar uma única origem da agressividade.
Clarisse Ribeiro
nº7 12ºA
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