Lobotomia ou também leucotomia, é uma intervenção cirúrgica no cérebro em que são seccionadas as vias que ligam os lobos frontais ao tálamo e outras vias frontais associadas. Foi utilizada no passado em casos graves de esquizofrenia
Efeitos e utilidade terapêutica
O procedimento leva a um estado de baixa reatividade
emocional nos pacientes. Existem controvérsias sobre os resultados do
procedimento.
História da lobotomia:
Foi desenvolvida em 1935 pelo médico neurologista português
António Egas Moniz (1874-1955), em equipe com o cirurgião Almeida Lima, na
Universidade de Lisboa. Egas Moniz veio a receber com este trabalho o Nobel de
Fisiologia ou Medicina de 1949.
A leucotomia foi a primeira técnica de psicocirurgia, ou seja, a utilização de manipulações orgânicas do cérebro para curar ou melhorar sintomas de uma patologia psiquiátrica (em contrapartida à neurocirurgia que se ocupa de doentes com patologia orgânica directa ou neurológica).
Inicialmente foi usada para tratar depressão severa. Egas Moniz sempre defendeu o seu uso apenas em casos graves em que houvesse riscos de violência ou suicídio. No entanto apesar de cerca de 6% dos pacientes não sobreviverem à operação, e de vários outros ficarem com alterações da personalidade muito severas, foi praticada com entusiasmo excessivo em muitos países, nomeadamente o Japão e os Estados Unidos. Neste último país foi popularizada pelo cirurgião Walter Freeman, que divulgou a técnica por todo o seu país, percorrendo-o no seu Lobotomobile, e criando inclusivamente uma variante em que espetava um picador de gelo directamente no crânio do doente, desde um ponto logo acima do canal lacrimal com a ajuda de um martelo, rodando-se depois o mesmo para destruir as vias aí localizadas. Supostamente a atractividade deste procedimento seria o seu baixo custo e o desejo social de silenciar doentes psiquiátricos incómodos.
A leucotomia foi a primeira técnica de psicocirurgia, ou seja, a utilização de manipulações orgânicas do cérebro para curar ou melhorar sintomas de uma patologia psiquiátrica (em contrapartida à neurocirurgia que se ocupa de doentes com patologia orgânica directa ou neurológica).
Inicialmente foi usada para tratar depressão severa. Egas Moniz sempre defendeu o seu uso apenas em casos graves em que houvesse riscos de violência ou suicídio. No entanto apesar de cerca de 6% dos pacientes não sobreviverem à operação, e de vários outros ficarem com alterações da personalidade muito severas, foi praticada com entusiasmo excessivo em muitos países, nomeadamente o Japão e os Estados Unidos. Neste último país foi popularizada pelo cirurgião Walter Freeman, que divulgou a técnica por todo o seu país, percorrendo-o no seu Lobotomobile, e criando inclusivamente uma variante em que espetava um picador de gelo directamente no crânio do doente, desde um ponto logo acima do canal lacrimal com a ajuda de um martelo, rodando-se depois o mesmo para destruir as vias aí localizadas. Supostamente a atractividade deste procedimento seria o seu baixo custo e o desejo social de silenciar doentes psiquiátricos incómodos.
A leucotomia ganhou tal popularidade que foi inclusivamente
praticada em crianças com mau comportamento. Cerca de 50.000 doentes foram
tratados só nos Estados Unidos. Graças a estes abusos, bem como a
irreversibilidade dos seus resultados, a leucotomia foi abandonada quando
surgiram os primeiros fármacos antipsicóticos. A partir dos anos 50 a
leucotomia foi banida da maior parte dos países onde era praticada. A sua
aplicação em grande escala é hoje considerada como um dos episódios mais
bárbaros da história da psiquiatria, sendo comum a sua comparação com a técnica
da flebotomia (ou sangria) na história da medicina interna. Hoje em dia, um
pequeno número de países ainda realiza procedimentos cirúrgicos semelhantes,
porém dentro de indicações muito restritas.
Tiago Martins 12ºA
A leucotomia hoje
Hoje em dia a leucotomia tal como exemplificada por
Egas Moniz já não é praticada devido aos efeitos secundários severos. No
entanto ainda hoje se praticam raramente técnicas diretamente descendentes da
leucotomia original, mas com inflição de lesões seletivas em regiões bem
delimitadas. Os efeitos secundários destas técnicas são mais incomuns, mas
devido à irreversibilidade do tratamento e às mudanças na personalidade do
doente inevitáveis, elas são utilizadas apenas em última instância caso todos
os outros tratamentos possíveis tenham-se revelado ineficazes. É assim
praticada em alguns casos de dor crônica intratável (tratamento paliativo),
neurose obsessiva, ansiedade crônica ou depressão profunda prolongada.Tiago Martins 12ºA
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