A Psicologia é a ciência que estuda o comportamento e os processos mentais dos indivíduos (psiquismo).
Dizer que a psicologia é uma ciência significa que ela é regida pelas mesmas leis do método científico as quais regem as outras ciências: ela procura um conhecimento objectivo, baseado em factos empíricos. Pelo seu objecto de estudo a psicologia desempenha o papel de elo entre as ciências socias, como a sociologia e a antropologia, as ciências naturais, como a biologia, e áreas científicas mais recentes como as ciências cognitivas e as ciências da saúde.
Comportamento é a actividade observável (de forma interna ou externa) dos organismos na sua busca de adaptação ao meio em que vivem.
Dizer que o indivíduo é a unidade básica de estudo da psicologia significa dizer que, mesmo ao estudar grupos, o indivíduo permanece o centro de atenção – ao contrário, por exemplo, da sociologia, que estuda a sociedade como um conjunto.
Os processos mentais são a maneira como a mente humana funciona – pensar, planear, tirar conclusões, fantasiar e sonhar. O comportamento humano não pode ser compreendido sem que se compreendam esses processos mentais, já que eles são a sua base.
Como toda a ciência, o fim da psicologia é a descrição, a explicação, a previsão e o controlo do desenvolvimento do seu objecto de estudo. Como os processos mentais não podem ser observados mas apenas inferidos, torna-se o comportamento o alvo principal dessa descrição, explicação e previsão (mesmo as novas técnicas visuais da neurociência que permitem visualizar o funcionamento do cérebro não permitem a visualização dos processos mentais, mas somente de seus correlatos fisiológicos, ou seja, daquilo que acontece no organismo enquanto os processos mentais se desenrolam). Descrever o comportamento de um indivíduo significa, em primeiro lugar, o desenvolvimento de métodos de observação e análise que sejam o mais possível objectivos e em seguida a utilização desses métodos para o levantamento de dados fiáveis. A observação e a análise do comportamento podem ocorrer em diferentes níveis – desde complexos padrões de comportamento, como a personalidade, até a simples reacção de uma pessoa a um sinal sonoro ou visual. A introspecção é uma forma especial de observação. A partir daquilo que foi observado o psicólogo procura explicar, esclarecer o comportamento. A psicologia parte do princípio de que o comportamento se origina de uma série de factores distintos: variáveis orgânicas (disposição genética, metabolismo, etc.), disposicionais (temperamento, inteligência, motivação, etc.) e situacionais (influências do meio ambiente, da cultura, dos grupos de que a pessoa faz parte, etc.). As previsões em psicologia procuram expressar, com base nas explicações disponíveis, a probabilidade com que um determinado tipo de comportamento ocorrerá ou não. Com base na capacidade dessas explicações de prever o comportamento futuro se determina a também a sua validade. Controlar o comportamento significa aqui a capacidade de influenciá-lo, com base no conhecimento adquirido. Essa é parte mais prática da psicologia, que se expressa, entre outras áreas, na Psicoterapia.
Para o psicólogo soviético A. R. Luria, um dos fundadores da neuropsicologia, a psicologia do homem deve ocupar-se da análise das formas complexas de representação da realidade, que se constituíram ao longo da história da sociedade e são realizadas pelo cérebro humano, incluindo as formas subjectivas da actividade consciente sem substituí-las pelos estudo dos processos fisiológicos que lhes servem de base nem limitar-se a sua descrição exterior. Segundo esse autor, além de estabelecer as leis da sensação e percepção humana, regulação dos processos de atenção, memorização (tarefa iniciada por Wundt), na análise do pensamento lógico, formação das necessidades complexas e da personalidade, considera esses fenómenos como produto da história social (compartilhando, de certo modo com a proposição da Völkerpsychologie de Wundt e com as proposições de estudo simultâneo dos processos neurofisiológicos e das determinações histórico-culturais, realizadas de modo independente por seu contemporâneo Vigotsky.
A Associação Americana de Psicologia (APA), a primeira organização científica e profissional de psicólogos, foi fundada em 1892. Depois de estabelecida, a nova disciplina desenvolveu-se e expandiu-se rapidamente, em especial nos EUA, onde ainda hoje detém um lugar de destaque na Psicologia.
Esta evolução da Psicologia tem sido acompanhado por um crescimento de informações provenientes de investigações, artigos teóricos e revisões da literatura, bem como de uma diversidade de fontes. A psicologia expandiu-se tanto em termos de número de técnicos, investigadores, académicos e de literatura publicada, bem como em termos do impacto na nossa vida quotidiana. Todos nós somos de alguma forma influenciados pelo conhecimento ou trabalho de psicólogos.
Mário Santos nº16 12ºA
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