segunda-feira, 5 de junho de 2017

A MENTE - PROCESSOS COGNITIVOS, EMOCIONAIS E CONATIVOS


Caracterizar a mente como um conjunto integrado de processos cognitivos, emocionais e conativos
Durante muito tempo associou-se o conceito de mente á dimensão cognitiva do ser humano. Falar em mente humana era o mesmo que falar em raciocínio, dedução, abstração, juízos e conceitos.
Passado algum tempo, compreendeu-se que o funcionamento mental não se reduz á dimensão cognitiva, á produção racional, abstrata dos conhecimentos. Compreendeu-se que a mente humana implicava também a emoção, os sentimentos, a afetividade e a ação.
Mente passa então a ser encarada como um sistema que integra os processos cognitivos e também os processos emocionais e conativos. É uma manifestação total de processos dinâmicos que interagem constantemente de forma complexa: os processos mentais implicam-se mutuamente de forma integrada.
Funcionamento dos 3 processos mentais:


- Processos cognitivos: estão relacionados com o saber, com o conhecimento, reportam-se á criação, transformação e utilização da informação do meio interno e exterior. Associam-se á questão “O quê?”. No âmbito dos processos cognitivos, estudaremos a perceção, a memória e a aprendizagem.


- Processos emotivos: estão relacionados com o sentir; são estados vividos pelo sujeito caracterizados pela subjetividade. Correspondem às vivências de prazer e desprazer e á interpretação das relações que temos com as pessoas, objetos e ideias. Estão associados á questão “Como?”. No âmbito dos processos emotivos estudaremos a emoção, o afeto e o sentimento.



- Processos conativos: estão relacionados com o fazer, expressam-se em ações, comportamentos. Correspondem á dimensão intencional da vida psíquica. Estão associados á questão “Porquê?”. No âmbito dos processos conativos procuraremos relacionar os conceitos de intencionalidade, tendência e esforço de realização.





Clarisse Ribeiro 
nº7 


segunda-feira, 3 de abril de 2017

Teoria da Psicanálise

Teoria da Psicanálise

Os princípios básicos desta teoria desenvolvida por Freud estariam sintetizados nas três principais obras publicadas pelo neurologista: “Interpretação dos Sonhos” (1899), “Psicopatologia da Vida Cotidiana” (1904), e “Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade” (1905).
Em suma, o estudo de Freud representa a chamada “teoria geral da personalidade”, que consiste num método de psicoterapia. Para que haja o correto entendimento dos processos mentais a partir da ótica da psicanálise, é necessário distinguir os três níveis de consciência do ser humano:
Consciente: é o estado em que sabemos (temos consciência) daquilo que pensamos, sentimentos, falamos e fazemos. São todas as ideias que os indivíduos estão cientes de existir / pensar.
Pré-consciente: é o estado das ideias que estão inconscientes, mas que podem voltar a ser conscientes, caso haja o correto direcionamento da atenção dos indivíduos para elas. Os pensamentos que se encontram neste estado, por exemplo, podem ser percebidos a partir dos sonhos.
Inconsciente: onde ficam guardados todos os desejos e ideias reprimidas, censuradas e inacessíveis ao estado consciente, mas que acabam por afetar os comportamentos e sentimentos dos indivíduos.
Nuno Araújo nº17 12ºA

O que é a Psicanálise

O que é a Psicanálise:

Psicanálise é um ramo clínico teórico que se ocupa em explicar o funcionamento da mente humana, ajudando a tratar distúrbios mentais e neuroses. O objeto de estudo da psicanálise concentra-se na relação entre os desejos inconscientes e os comportamentos e sentimentos vividos pelas pessoas.
A teoria da psicanálise, também conhecida por “teoria da alma”, foi criada pelo neurologista austríaco Sigmund Freud (1856 – 1939). De acordo com Freud, grande parte dos processos psíquicos da mente humana estão em estado de inconsciência, sendo estes dominados pelos desejos sexuais.
Todos os desejos, lembranças e instintos reprimidos estariam armazenados no inconsciente das pessoas e, através de métodos de associações, o psicanalista – profissional que pratica a psicanálise – conseguiria analisar e encontrar os motivos de determinadas neuroses ou a explicação de certos comportamentos peculiares dos seus pacientes, por exemplo.
Nuno Araújo nº17 12ºA

ENGENHARIA SOCIAL

A engenharia social, no contexto de segurança da informação, refere-se à manipulação psicológica de pessoas para a execução de ações ou divulgar informações confidenciais. Este é um termo que descreve um tipo psicotécnico de intrusão que depende fortemente de interação humana e envolve enganar outras pessoas para quebrar procedimentos de segurança. Um ataque clássico na engenharia social é quando uma pessoa se passa por um alto nível profissional dentro das organizações e diz que o mesmo possui problemas urgentes de acesso ao sistema, conseguindo assim o acesso a locais restritos.



A engenharia social é aplicada em diversos setores da segurança da informação, e independentemente de sistemas computacionais, software e/ou plataforma utilizada, o elemento mais vulnerável de qualquer sistema de segurança da informação é o ser humano, o qual possui traços comportamentais e psicológicos que o torna suscetível a ataques de engenharia social. Dentre essas características, pode-se destacar:


A engenharia social não é exclusivamente utilizada em informática. Ela também é uma ferramenta que permite explorar falhas humanas em organizações físicas ou jurídicas as quais operadores do sistema de segurança da informação possuem poder de decisão parcial ou total sobre o sistema, seja ele físico ou virtual. Porém, deve-se considerar que informações tais como pessoais, não documentadas, conhecimentos, saber, não são informações físicas ou virtuais, elas fazem parte de um sistema em que possuem características comportamentais e psicológicas nas quais a engenharia social passa a ser auxiliada por outras técnicas como: leitura fria, linguagem corporal, leitura quente. Esses termos são usados no auxílio da engenharia social para obter informações que não são físicas ou virtuais, mas sim comportamentais e psicológicas.



A maioria das técnicas de engenharia social consiste em obter informações privilegiadas enganando os usuários de um determinado sistema através de identificações falsas, aquisição de carisma e confiança da vítima. Um ataque de engenharia social pode se dar através de qualquer meio de comunicação. Tendo-se destaque para telefonemas, conversas diretas com a vítima, e-mail e WWW. 



Clarisse Ribeiro
nº7

John Watson e o Behaviorismo.


                                                     John Watson e o Behaviorismo

John Watson é considerado o pai da psicologia científica pois demarcou-se de forma radical de toda a psicologia tradicional, que tinha por objetivo o estudo da consciência e por método a introspeção. Não nega a existência da consciência nem a possibilidade do indivíduo se Auto observar, mas considera que os estados de espírito bem como a procura das suas causas só podem interessar ao sujeito no âmbito da sua vida pessoal.

Watson considera que com Wundt a psicologia teve uma falsa partida pois este não foi capaz de romper com as conceções tradicionais. Para se constituir como ciência, a psicologia teve de cortar com todo o passado e constituir-se como ramo objetivo e experimental da ciência. Watson pretendia para a psicologia o mesmo estatuto da biologia. Logo para se constituir como ciência rigorosa e objetiva, o psicólogo terá de assumir a atitude do cientista, trabalhando com dados que resultam de observações objetivas e acessíveis a qualquer outro observador. O psicólogo terá de renunciar à introspeção e limitar-se à observação externa, à semelhança das outras ciências.

Segundo ele, só se pode estudar diretamente o comportamento observável, isto é, a resposta do indivíduo (R) a um dado estimulo (E) do ambiente. E, tal como em qualquer outra ciência, cabe ao psicólogo decompor o seu objeto – o comportamento – nos seus elementos e explicá-los de forma objetiva, recorrendo ao método experimental.

É importante salientar que, para os behavioristas, estímulo é o conjunto de excitações que agem sobre o organismo. O estímulo pode ser assim qualquer elemento ou objeto do meio ou ainda qualquer manifestação interna do organismo (exemplo: a picada de um agulha; contrações do estômago…). Para os behavioristas, a resposta é tudo o que o animal ou o ser humano faz (exemplo: afastar a mão, saltar, chorar…). O comportamento é o conjunto de respostas objectivamente observáveis ativadas por um conjunto complexo de estímulos, provenientes do meio físico ou social em que o organismo se insere.

Watson chegou mesmo a estabelecer uma fórmula que prevê o comportamento: R =f(s), isto é, a resposta (R) depende da situação (S). O estabelecimento de leis do comportamento resulta do estudo das variações das respostas em função da situação. O Psicólogo deverá ser capaz de, conhecendo o estímulo, prever a respostas e, inversamente, conhecendo a resposta, deverá identificar o estímulo ou situação (conjunto de estímulos) que provocou essa resposta.

Para Watson, nós somos o que fazemos, e o que nós fazemos é o que o meio nos faz fazer. Neste sentido, os indivíduos não são pessoalmente responsáveis pelos seus atos, dado que são produto do meio em que vivem. 


                                                      Ana Cláudia Nº2 , 12 A.




                                                                    

Críticas à Psicanálise de Freud

         


          São inúmeras as críticas dirigidas a Freud e à sua teoria.
          Um conceito de ser humano dominado por pulsões, bem como a afirmação de uma sexualidade infantil provocaram, durante a vida e depois da morte de Sigmund Freud, as mais vivas críticas, escandalizando os meios mais moralistas.
          Em primeiro lugar, encontramos limitações relacionadas com o seu método de coleta de dados. Freud apoiava as suas descobertas e consequentes conclusões nas respostas verbais que os seus pacientes manifestavam quando submetidos a análise, a que não pode ser concebido o rigor que seria necessário. Por tal, as condições em que Freud recolheu os seus dados são consideradas assistemáticas e não controladas devido à não efetuação de uma transcrição textual das palavras proferidas pelos pacientes. Ele utilizava um conjunto de anotações que eram efetuadas horas após a sessão com o paciente, o que levaria, certamente, à perda de dados originais, que seriam as palavras exatas dos pacientes, em virtude de eventuais lapsos de memória ou mesmo a possibilidade de omissão e distorção, mesmo que inconsciente e involuntária, dos dados "verdadeiros".
           E, aliada a esta falha, está a reinterpretação dos factos, na medida em que a recordação das palavras dos pacientes poderá não refletir os dados de forma correta, pois estes estariam sujeitos à extração de inferências por parte do investigador, no intuito de encontrar material que sustentasse as suas hipóteses, levando apenas ao registo daquilo que poderá parecer mais oportuno e relevante.
          Os dados registados por Freud consistiam, assim, em lembranças e interpretações dos factos ocorridos o que é, obviamente, uma limitação à sua teoria.
Outra incoerência é encontrada nas diferenças verificadas entre as anotações de Freud referentes às sessões terapêuticas e as suas publicações, que teriam por base as referidas anotações, o que vem provar uma deturpação dos factos. Nestas diferenças encontra-se um alongamento do período de análise; uma versão incorreta da sequência de eventos revelada pelo paciente durante a análise e a afirmação, não fundamentada, da cura do paciente. Não é possível determinar se estas distorções resultaram de uma forma deliberada, a fim de reforçar a sua posição ou, pelo contrário, foram produto do inconsciente de Freud. É igualmente impossível determinar se erros da mesma natureza influenciaram outros estudos de caso, devido à destruição de grande parte dos arquivos dos pacientes.
         Uma outra deficiência diz respeito às poucas tentativas no intuito de verificar a validade dos relatos das experiências infantis dos seus pacientes, nomeadamente inquirindo familiares e amigos relativamente aos eventos descritos, não sendo assim possível a determinação da validade dos relatos dos pacientes.
         Por tudo isto, a coleta de dados, que constitui a primeira etapa de toda a teoria de Freud, é considerada incompleta, imperfeita e imprecisa.
Quanto à segunda etapa, que seria a efetuação de inferências e generalizações a partir dos dados obtidos, nunca foi explicada por Freud, desconhecendo-se assim o ocorrido, mesmo porque os seus dados não são suscetíveis de quantificações e, por tal, torna-se impossível a determinação da confiabilidade ou significação estatística.
          A linguagem usada por Freud é também alvo de críticas, sendo considerada imprecisa e, por vezes, ambígua, ou seja, não utilizava uma linguagem clara, tão característica do método experimental.
          Uma outra crítica é referente à dificuldade de extrair proposições testáveis empiricamente das suas diversas hipóteses pois, como seria possível o estudo laboratorial do desejo de morte? No entanto, após a morte de Sigmund Freud, em 1939, muitos dos seus conceitos foram submetidos a testes experimentais, a fim de examinar a credibilidade científica de algumas das suas formulações, embora as histórias de caso, que constituíam o principal método de pesquisa da literatura psicanalítica, não poderem ser incluídas, pois os pesquisadores só aceitaram os dados que foram obtidos por intermédio de procedimentos possíveis de repetição e que envolvessem técnicas que permitissem a verificação da objetividade do observador. Assim, conceitos freudianos mais amplos como id, ego, e superego, libido, ansiedade, desejo de morte, entre outros, resistiram a tentativas de validação científica. São mesmo alguns freudianos que concordam perante afirmações acerca das contradições verificadas na teoria de Freud e à obscuridade na definição de conceitos da mesma natureza. O próprio Freud reconheceu tal obscuridade e ele próprio refere, nos seus últimos escritos, as dificuldades de definição de certas ideias.
           Freud defendeu que as mulheres possuem superegos sofrivelmente desenvolvidos e se sentiam inferiores pelo seu corpo ser desprovido de pénis, ideia esta que é fortemente contestada por inúmeros psicólogos. Atualmente, acredita-se que a teoria freudiana, relativamente ao desenvolvimento psicossexual feminino, se encontra incorreta.
            A insistência sobre o impulso sexual foi mais uma das razões por que a teoria freudiana encontrou tanta oposição, especialmente durante a vida do seu autor, altura em que a discussão franca sobre a sexualidade era muito mais desaprovada. Não é assim de admirar que a teoria freudiana fosse criticada sob o pretexto de que o seu autor devia ter um interesse patológico pelo sexo, para o considerar uma força assim tão dominante no comportamento humano. No entanto, esta acusação é injusta, pois Freud foi levado a insistir no sexo porque muitos dos seus pacientes sofriam de perturbações sexuais. Alguns teóricos romperam com Freud, alegando que este acentuava demasiadamente as forças biológicas, especialmente o sexo, como forças primárias da personalidade, pois eles consideravam que a personalidade está mais influenciada por forças sociais.
            Freud foi também criticado por ter desenvolvido uma teoria da personalidade baseada apenas em observações de neuróticos, ignorando os indivíduos considerados saudáveis.
            Apesar de todas estas contradições e limitações da teoria freudiana, é incontestável a contribuição que ele trouxe para o mundo da psicanálise.


Ângelo Ribeiro nº4

Kurt Cobain- Montage of Heck




      
      Kurt Cobain – Montage of Heck é talvez o documentário sobre música mais esperado nos últimos anos, abre com comentários de mãe e irmã do vocalista do Nirvana falando o quanto o cantor pensava a todo momento. Somos despejados no início de um show da banda onde Kurt entra de cadeira de rodas, peruca e faz uma performance cómica e divertida, fazendo uma sátira a celebridades da música em seus últimos momentos de vida. Aclamado pelo público, o vocalista encena um desmaio e, logo em seguida, o documentário nos joga na potência máxima de Territorial Pissing.
      O documentário da vida de Kurt Cobain feito por Brett Morgen, organizado/exibido pela HBO e produzido pela filha, France Cobain, embarca profundamente no mundo do artista. Um trabalho de 8 anos, onde Brett teve acesso a todos os arquivos da família de Kurt, uma enorme quantidade de áudios, vídeos caseiros, cadernos, anotações, desenhos e entrevistas para chegar a um objetivo: desvendar a mente do artista que revolucionou o rock na década de 90.
      O início do longa nos mostra vídeos caseiros de um pequeno menino loiro, fofo e bastante brincalhão. Junto de depoimentos de sua mãe, pai e madrasta, um pouco depois somos apresentados ao momento crucial de definição da personalidade de Kurt: o divórcio de seus pais. É nesse momento que vemos crescer seu instinto punk, sua rebeldia e seu amor pela música.
      Com certeza Brett tinha muita coisa a mostrar e soube utilizar esse material de diferentes maneiras. Excelentes animações são realizadas aproveitando o áudio de histórias contadas por Kurt, servindo como uma boa encenação do que escutamos na voz do artista. Presente a todo momento, as anotações, rabiscos e desenhos feitos pelo cantor nos levam a sua mente pertubada, onde podemos ter uma dimensão da loucura que era a mente do artista. Loucura essa que se intensifica no momento que marca a entrada de Courtney Love – sua esposa – em sua vida. É impressionante ver que Courtney não se importou em compartilhar toda a intimidade do casal e o nível extremo de drogas utilizado por eles, inclusive em seu período de gravidez (o que gerou uma enorme polêmica). Nesse momento é nítido também os caminhos que Kurt já começava a trilhar para seu triste fim, e se muitos fãs culpam sua morte devido a entrada de Courtney em sua vida, essa opinião não vai mudar após o documentário.
Ainda que haja excelentes entrevistas com pai, mãe, irmã, ex-namorada, esposa e o amigo e baixista do Nirvana, Krist Novoselik, ainda parece faltar algo entre os depoimentos. Parte disso é devido ao claro foco de Brett na imensidão de arquivos pessoais relacionados a Kurt. Mas isso não justifica, por exemplo, a ausência de uma entrevista com Dave Growl, a qual a justificativa oficial de Brett (dizendo que a entrevista foi tardia e não conseguiu entrar na edição) parece bem fraca visto os 8 anos de desenvolvimento do filme. E sabendo que Courtney Love – que teve alguma voz na  produção do documentário – possui um relacionamento péssimo com o líder do Foo Fighters, isso soa ainda mais estranho.
      No fim tudo termina com aquela notícia fatídica: No dia 5 de abril de 1994, Kurt Cobain se suicidou. O documentário deixa uma impressão bastante forte e sólida sobre Kurt. Desmistifica qualquer áurea de gênio que existe sobre ele, viaja pela mente pertubada de Kurt e mostra o ser humano falho que ele era, mas que tinha um ponto importante: amava a música. No fim, o menino brincalhão dos vídeos caseiros parece ser o mesmo adulto brincalhão com a filha ou o piadista ao dar entrevistas.




Ângelo Ribeiro nº4 

domingo, 2 de abril de 2017

PIAGET – TEORIA COGNITIVA

Piaget diz que o conhecimento depende da interação entre as estruturas inatas do sujeito e os dados provenientes do meio.
Os cinco conceitos-chave da teoria cognitiva de Piaget são: esquema, adaptação, assimilação, acomodação e equilibração.

Esquema – acções fundamentais do conhecimento que podem ser físicas (visão, sucção) ou mentais (comparação e classificação). As experiências novas são assimiladas num esquema e este é criado ou modificado por acomodação.
Adaptação – modificação dos comportamentos que permitem o equilíbrio das relações entre o organismo e o meio. Este processo decorre da assimilação (integração de novos conhecimentos nas estruturas anteriores) e da acomodação (as estruturas mentais modificam-se em função das situações novas).
 Equilibração – provoca uma auto estruturação do sujeito.

Este processo desenvolve-se por etapas, a que Piaget dá o nome de estádios de desenvolvimento.

Estádio sensório-motor (até aos 2 anos) – a criança apresenta uma inteligência prática, em que não há linguagem nem a capacidade de representar mentalmente os objectos. É nesta fase que aparece a noção da permanência do objecto: a criança procura um objecto escondido porque tem a noção de que o objecto continua a existir mesmo quando não o vê.

Estádio pré-operatório (2 anos / 6-7 anos) – é neste estádio que emerge a função simbólica, isto é, a capacidade de representar mentalmente objectos ou acontecimentos que não ocorrem no presente, através de objectos, palavras e gestos. Os objectos passam a representar o que a criança deseja: um garfo pode ser o telefone, etc. Nesta fase, a criança já pensa mas ainda não é capaz de fazer operações mentais. É um pensamento intuitivo baseado na percepção dos dados sensoriais, imaginários e intuitivos. A criança responde com base naquilo que vê (exemplo: dois copos com a mesma quantidade de líquido mas um de base mais larga e outro mais alto).
Outra característica deste estado é o egocentrismo: a criança é incapaz de perceber que existe outra realidade para além da sua.

Estádio das operações concretas (6-7 anos / 11-12 anos) – o pensamento é mais lógico, desenvolvendo conceitos e sendo capaz de realizar operações mentais. No entanto, só é capaz de resolver os problemas se estiver na presença dos objectos e situações.
A criança desenvolve a noção de conservação da matéria (já é capaz de perceber que apesar da forma dos copos ser diferente, a quantidade de líquido é a mesma) sólida e líquida e, mais tarde, do peso e do volume. Desenvolve também os conceitos de tempo, espaço, número e lógica.

Estádio das operações formais (11-12 anos / 16 anos) – aparecimento do pensamento abstracto, lógico e formal.

1.      A distinção entre o real e o possível – o adolescente é capaz de raciocinar com sentido acerca de situações que nunca experimentou.
2.      Raciocínio hipotético-dedutivo - coloca mentalmente as hipóteses e deduz as consequências.
3.      Egocentrismo intelectual – o jovem considera que através do seu pensamento pode resolver todos os problemas e que as suas ideias e convicções são as melhores.


Metodologia de Investigação: Piaget centrou-se sobretudo na aplicação do método clínico (entrevistava crianças sobre o que pensavam, assumindo uma atitude de abertura: as respostas das crianças guiam o próprio diálogo) e na observação naturalista (observação naturalista dos seus filhos, dos filhos dos seus amigos, de crianças em várias situações do dia a dia, etc.)



Trabalho realizado :
Bruna Daniela nº5 

quarta-feira, 29 de março de 2017

Análise do filme "Laranja Mecânica" segundo a psicologia behaviorista

Resultado de imagem para laranja mecanica filme analise psicologicaO que significa o título “Laranja Mecânica”? Ao pé da letra, o título original (Clockwork Orange), significa “Laranja com Mecanismo de Relógio”. O título alude, pois a um “mecanismo de relógio” – clockwork – algo que nos remonta a uma visão mecânica, artificial, robótica, programável. Orange – laranja, nos leva, particularmente, a ver semelhança, no inglês, com a palavra “orang – utan“, ou seja, um macaco (no caso alaranjado, mesmo), uma criatura, um animal. No final das contas, seria uma alusão ao procedimento behaviorista utilizado pelos cientistas do filme para reintegrar à sociedade o jovem Alex, considerado como um “animal” e, por isso mesmo, “domesticável”.

A Laranja Mecânica, produzido em 1971, ficou proibido em vários países. No Brasil, só foi liberado pela Censura em 1978. Baseado no romance homônimo de Anthony Burguess é, de fato, um filme perfeito. Tudo nele se encaixa com perfeição – cenários, locações, figurinos, atores, fotografia e música – para criar um ambiente aparentemente distante do nosso, um mundo caótico e sombrio em que Alex, um jovem inglês que lidera um grupo de delinqüentes, sai pelas madrugadas usando alucinógenos, espancando mendigos idosos e violentando mulheres, entre outros desatinos. Tudo em clima de pura diversão e sarcasmo.

Numa de suas investidas, o bando comete um homicídio, o que leva o líder Alex para uma casa de detenção. Condenado a catorze anos de prisão pela morte de uma mulher, o jovem esquiva-se do assédio de homossexuais e da violência dos outros prisioneiros. Para conseguir um melhor tratamento, auxilia o capelão do presídio nas atividades religiosas. Ao saber que está sendo utilizado um novo método “Método Ludovico”, de recuperação de prisioneiros que garante a liberdade imediata, Alex candidata-se de imediato, contra a vontade do capelão e do diretor do presídio. Tratando assim o mais puro behaviorismo, que consiste em “condicionar” o paciente a rejeitar todo comportamento “anormal”. Alex é colocado num palco onde se obrigam a assistir filminhos com cenas de violência inegável. Mas antes dessas sessões cinematográficas, injetam-lhe um medicamento que lhe provoca insuportável náusea. Associando as cenas ao mal-estar físico, ele neutraliza sua agressividade natural e se transforma num “cidadão modelo”. (O fundamento desse programa é a teoria do condicionamento, elaborada pelo fisiologista russo I. Pavlov no início do século XX e desenvolvida mais tarde por J. B. Watson e B. F. Skinner, psicólogos norte-americanos que criaram o paradigma comportamentalista na Psicologia.).

Em A Laranja Mecânica temos um excelente exemplo de como utilizar certos conhecimentos da Psicologia para o exercício do controle social.


Tiago Ribeiro nº18

Estádios de desenvolvimento para a Psicologia

Como é do conhecimento de todos, as crianças, à medida que evoluem vão se ajustando à realidade circundante, e superando de modo cada vez mais eficaz, as múltiplas situações com que se confrontam.
Os sucessivos ajustes da criança ao longo do seu desenvolvimento devem interpretar-se em função daquilo que Piaget define como estádios de desenvolvimento na sua Teoria Cognitiva, sendo estes:
1 - Sensório-motor,
2 - Pré-operacional,
3 - Operatório concreto
4 - Operatório formal

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1 – Sensório – motor (0 aos 18/24 meses de idade)
Neste estádio a criança procura adquirir controlo motor e sentir os objectos físicos que a rodeiam. Assim pode-se dizer que a actividade cognitiva é essencialmente uma experiência imediata.
Assim podemos dizer que as principais características deste estádio são: a exploração manual e visual do ambiente; a experiência obtida com acções; a inteligência prática; as acções ocorrem antes do pensamento; a centralização no próprio corpo e a noção de permanência do objecto.

2-Pré-operacional (2 aos 6 anos)
Neste estádio a criança já não depende unicamente de suas sensações, dos seus movimentos, mas já distingue uma imagem, palavra ou símbolo do seu significado.
Deste modo, já e capaz de relacionar os objectos com outras coisas. Tal aspecto tem como consequência o desenvolvimento da representação que cria as condições necessárias para a aquisição da linguagem.
Importante realçar que apesar de tudo a actividade sensório – motora não está esquecida ou abandonada, mas refinada e mais sofisticada, pois verifica-se que ocorre uma crescente melhoria na sua aprendizagem. Algumas das características da criança deste estádio são: o egocentrismo; o facto de não conseguir colocar-se no lugar do outro; não aceita a ideia do acaso, tudo tem que ter uma explicação, e por isso é designada idade dos porquês; deixa-se levar pela aparência.

3- Operatório concreto (7 aos 11 anos)
Neste estádio a criança deixa de confundir o real com a fantasia. É nesta altura que a criança adquire a capacidade de realizar operações. A criança começa a lidar com conceitos abstractos como os números e relacionamentos. Assim, este estádio é caracterizado por uma lógica interna consistente e pela habilidade de solucionar problemas concretos, isto porque, já possui uma organização mental integrada. Deste modo, Piaget já fala em operações de pensamento em vez de acções. Devido ao estruturamento do pensamento dá-se o desenvolvimento da linguagem, e deixa de existir monólogo passando ao diálogo interno.
É ainda nesta fase que a criança começa a dar grande valor ao grupo de pares, devido ao decréscimo do egocentrismo, adquirindo valores tais como a amizade, companheirismo, partilha, etc. Facto que ajuda a criança a, progressivamente, desenvolver capacidade de se colocar no ponto de vista do outro.

4 – Operações formais (11/12 aos 15/16 anos)
A transição para o estádio das operações formais é bastante evidente, dadas as notáveis diferenças que surgem nas características do pensamento. Assim, a grande novidade do nível das operações formais é que o sujeito torna-se capaz de raciocinar correctamente sobre proposições que ainda considera puras hipóteses.
Aqui a criança começa a raciocinar lógica e sistematicamente e, deste modo, este estádio é definido pela habilidade de ser capaz de desenvolver o raciocínio abstracto dando possibilidade ao pensamento hipotético dedutivo.
É nesta fase que a criança desenvolve a sua própria identidade, podendo haver, neste período problemas existências e dúvidas entre o certo e o errado.

Tiago Ribeiro nº18

Jean Piaget e o seu método

O estudo do desenvolvimento do ser humano constitui uma área do conhecimento da Psicologia cujas proposições nucleares concentram-se no esforço de compreender o homem em todos os seus aspectos, englobando fases desde o nascimento até o seu mais completo grau de maturidade e estabilidade. Tal esforço, conforme mostra a  linha evolutiva da Psicologia, tem culminado na elaboração de várias teorias que procuram reconstituir, a partir de diferentes metodologias e pontos de vistas, as condições de produção da representação do mundo e de suas vinculações com as visões de mundo e de homem dominantes em cada momento histórico da sociedade.
Resultado de imagem para jean piagetDentre essas teorias, a de Jean Piaget (1896-1980), que é a referência deste nosso trabalho, não foge à regra, na medida em que ela busca, como as demais, compreender o desenvolvimento do ser humano. No entanto, ela se destaca de outras pelo seu caráter inovador quando introduz uma 'terceira visão' representada pela linha interacionista que constitui uma tentativa de integrar as posições dicotômicas de duas tendências teóricas que permeiam a Psicologia em geral - o materialismo mecanicista e o idealismo - ambas marcadas pelo antagonismo inconciliável de seus postulados que separam de forma estanque o físico e o psíquico.
Um outro ponto importante a ser considerado, segundo estudiosos, é o de que o modelo piagetiano prima  pelo rigor científico de sua produção, ampla e consistente ao longo de 70 anos, que trouxe contribuições práticas importantes, principalmente, ao campo da Educação - muito embora, curiosamente aliás, a intenção de Piaget não tenha propriamente incluído a idéia de formular uma teoria específica de aprendizagem (La Taille, 1992; Rappaport, 1981; Furtado et. al.,1999; Coll, 1992; etc.).

Tiago Ribeiro nº18

António Damásio, o neurocientista das emoções


António Damásio, o neurocientista das emoções

   
   António Damásio tornou-se com evidência um dos grandes nomes da medicina mundial. Profícuo investigador no campo da neurociência, emergiu como providencial na abordagem ao processo decisional pelo qual o ser humano passa inúmeras vezes. Nesse caminho de quase cinco décadas, foram várias as empreitadas científicas que contaram com este cunho luso. Reverente perante a arte e irreverente no estudo da humanidade, Damásio consolida-se hoje como um dos mais importantes pensantes no cruzamento da psicologia social com a medicina investigativa e ativa.

      Nas suas investigações, Damásio destaca-se por propor um grupo de hipóteses inovadoras quanto ao funcionamento do cérebro, baseando-se para isso no estudo do comportamento de doentes com lesões cerebrais. Assim, desenvolveu trabalhos de pesquisa onde analisa as consequências de uma lesão nos lobos pré-frontais num acidentado em 1848. É neste âmbito que surge o caso de Phineas Gage, operário cujo cérebro fora perfurado por uma barra de metal e sobrevivendo a este incidente, que perde a capacidade de tomar decisões e que vê as suas emoções alteradas. Neste, confirma-se que os processos cognitivos em pleno funcionamento não são suficientes para que se garantam comportamentos sociais e pessoais equilibrados. Assim, enquanto processos como a memória, a perceção ou a inteligência são estudados e posicionados, ampliam-se os horizontes do estudo de António Damásio, em que se vai além da envolvência pessoal e social do comportamento.

Trabalho realizado por:
Maria João nº14 TªA

 

 

quarta-feira, 1 de março de 2017

PIAGET: O CONSTRUTIVISMO

Piaget procurou descobrir como é que o conhecimento se organiza e estrutura.
As suas pesquisas levam-no a descobrir que o conhecimento é um processo interativo que envolve sujeito e meio, e que ocorre em etapas sequenciais, a que Piaget dá nome de estádios de desenvolvimento cognitivo. A passagem de estádio para o outro constitui um passo para se atingir a inteligência abstrata. Esses estádios são: estádio sensório-motor, estádio pré-operatório, e o estádio das operações formais.
Piaget concebe o sujeito como tendo um papel ativo na construção do conhecimento - construtivismo (cognitivismo) - opondo-se à conceção behaviorista  em que o sujeito é um recetor passivo das influências do meio. Introduz a ideia de que o desenvolvimento resulta da interação entre as estruturas inatas do sujeito e o meio- interacionismo- contrariando o facto de que o desenvolvimento cognitivo de um ser é unicamente determinado por uma destas duas dimensões, como defendia o inatismo e o empirismo (esta última defendida pela behaviorismo). Piaget introduz, assim, o conceito de sujeito ativo.
Piaget defende uma perspetiva psicogénica do conhecimento, atribuído ao indivíduo um papel ativo na construção do conhecimento, e na polémica que opõe o inatismo ao empirismo, ele propõe uma dialética interativa:
A interação com objetos irá permitir ao sujeito construir estruturas- estruturalismo- cada vez mais complexas, através das quais se adapta progressivamente ao meio- funcionalismo- ou seja, as estruturas servem para o sujeito se adaptar ao meio.
Piaget considera o desenvolvimento cognitivo como um processo psicobiológico, uma vez que a sua finalidade é a adaptação (assimilação- da experiência à mente- e acomodação - da mente à nova experiência- ao meio) ao meio(equilibração- estados de equilíbrio de adaptação cada vez mais estáveis)
A psicologia genética de Piaget põe em evidência os aspetos qualitativos do pensamento: até então considerava-se que as diferenças de inteligência entre indivíduos eram apenas quantitativas (por exemplo, pensava-se que o adulto era mais inteligente que a criança), mas Piaget vem salientar a importância das diferenças qualitativas(um adulto pensa de um modo diferente da criança)


Clarisse Ribeiro nº7 

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

O Behaviorismo Clássico

                                    O Behaviorismo Clássico

    Segundo Watson, a psicologia estuda, em concreto, o comportamento observável diretamente ou objetivamente. É a partir deste conhecimento que se infere os processos mentais subjacentes. Este behaviorismo tem como suporte a experiência , onde se criam protocolos que fazem possível tirar conclusões certos comportamentos e, se possível, generalizá-lo, como o método científico.
  
    Este conjunto de ideias sobre a psicologia baseia-se na relação entre a causa e o efeito, pelo que diferentes processos mentais levam a diferentes comportamentos. Olhando para as experiências de Pavlov, podemos retirar que a mente associa padrões consistentes a comportamentos programados, para saber como agir em certas situações, como os cães ao ouviram o som do sino a que foram habituados durante a experiência, que ativa imediatamente uma resposta psicológica, que os faz procurar a comida, que associaram ao som do sino. É esta relação de causa-efeito que explica o comportamento, não só nos cães, mas em todos os animais, e que Watson estudou. Ele não nega a existência de estados de consciência ou processos mentais, apenas aponta que a psicologia devia ser estudada objetivamente, para que sejam adquiridas provas empíricas sobre a matéria.
  
    Para Watson, vários fatores afetam o desenvolvimento psicológico de um indivíduo, um deles sendo o meio, pelo acredita que a mente devia ser considerada uma "tábua rasa" (como David Hume), onde se vai preencher com as ideias e costumes que o rodeiam. Para a prova deste conceito de aprendizagem por via do meio (condicionamento clássico) , Watson realizou a experiência do Pequeno Robert, onde colocou um bebé e foi introduzindo vários animais com pelo numa sala. Quando o animal era introduzido, era criado um barulho que assusta-se o bebé. A partir de certo momento, quando era introduzido um animal, o bebé ficava assustado e começava a chorar, pois o aparecimento do animal foi associado ao barulho, provando assim, que o meio influencia o desenvolvimento psicológico de qualquer indivíduo.

João Miguel Freitas Oliveira nº10


terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Experiência do "Pequeno Albert"

A experiência do “Pequeno Albert” foi conduzida por John B. Watson e sua aluna Rosalie Rayner, em 1920 para demonstrar o funcionamento do condicionamento clássico [R =f(S)] em seres humanos. 
Watson inicialmente estabeleceu que o bebé não parecia ter nenhum medo além de barulhos altos repentinos.
O primeiro passo desta experiência consistia em associar a resposta natural de Albert – o desconforto com barulhos altos – com aquelas não-condicionadas.
Toda vez que Albert via o rato branco, a assistente Rosalie passou a assustá-lo com um estrondo ao martelar uma barra metálica.
Depois de várias repetições, sempre associando o rato branco ao barulho desagradável, Watson pareceu ter obtido sucesso.
Mesmo sem nenhum barulho, Albert passou a chorar com a visão do pequeno rato branco com que antes queria brincar e que não lhe causava desconforto nenhum. O bebê teria generalizado sua resposta (condicionada), passando a ter medo de vários objetos com pelo branco, desde coelhos a barba branca.
Watson tentou reverter o condicionamento, tentando habituá-lo novamente ao ratinho branco e mesmo associando-o a doces, nunca foi realizado.

1.   Barulho (Estímulo Incondicionado) -----> Medo (Resposta Incondicionada)
2.   Rato Branco (Estimulo Neutro) -----> Ausência de Medo
3. Barulho (E. Incondicionado) + Rato branco (E. Neutro) -----> Medo (R. Incondicionada)
4.   Rato Branco (E. Condicionado) -----> Medo (R. Condicionada)
Generalização de Resposta
5.   Coelho Branco (E. Condicionado) -----> Medo (R. Condicionada)
6.   Barba Branca (E. Condicionado)  -----> Medo (R. Condicionada)


Diana Cristina Ferreira
nº8

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

WATSON: O BEHAVIORISMO

Watson (1878-1958) defende que a psicologia deve incidir sobre aquilo que pode ser observável. Ora, só os comportamentos se prestam a observações diretas, nunca os processos mentais. Daí, deverá a psicologia tomar como seu único objeto de investigação o comportamento (behavior). Fundador do behaviorismo, define o comportamento como as respostas observáveis que são dadas em função de estímulos também estes passíveis de serem observados (deixando, de fora o que é da ordem da consciência ou de emoção).
o objetivo da psicologia seria então estabelecer o nexo causal entre as resposta de um organismo e o estímulo correspondentes, permitindo não só prever comportamentos como eventualmente agir de forma por forma a procurar comportamentos desejáveis. O comportamento é, pois, entendido de forma padronizada e mecânica uma vez que cada determinada situação(estímulo) se segue determinada resposta comportamental em função dessa situação:

R=f(S)

Quer dizer, a Resposta ou comportamento (R) varia em função da Situação (S). Em suma, o que somos atualmente é o resultado de um conjunto de condicionamentos que sofremos ao longo da vida em função das situações com que deparamos. Se formos, portanto, capazes de controlar o meio ou as condições que determinam os nossos comportamentos seremos igualmente capazes de agir no sentido de provocar comportamentos desejáveis.
Escreve Watson, "dêem-me uma dúzia de crianças saudáveis, bem constituídas e a espécie de mundo que preciso para as educar e eu garanto que, tomando qualquer uma ao acaso, formá-la-ei de modo a tornar-se num especialista da minha escola, num médico, num comerciante, num advogado e mesmo mendigo ou ladrão, independentemente dos seus talentos, inclinações, tendências, aptidões, assim como da profissão e da raça dos seus antepassados"
Repare-se que, para Watson, se valorizam essencialmente os fatores inatos/hereditários.

Clarisse Ribeiro
nº7

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Psicanálise

    Psicanálise é um ramo clínico teórico que se ocupa em explicar o funcionamento da mente humana, ajudando a tratar distúrbios mentais e neuroses. O objeto de estudo da psicanálise concentra-se na relação entre os desejos inconscientes e os comportamentos e sentimentos vividos pelas pessoas.
    A teoria da psicanálise, também conhecida por “teoria da alma”, foi criada pelo neurologista austríaco Sigmund Freud (1856 – 1939). De acordo com Freud, grande parte dos processos psíquicos da mente humana estão em estado de inconsciência, sendo estes dominados pelos desejos sexuais.
    A teoria psicanalítica abrange diferentes pontos: a existência de uma atividade psíquica inconsciente; a formulação de leis do dinamismo inconsciente; e, por fim, o encontro de meios para explorar o inconsciente.          
    Ao afirmar a existência do inconsciente e a existência de uma sexualidade infantil, Freud escandalizou muita gente, e outros sentiram uma enorme admiração pelo psicanalista. De uma maneira ou de outra, não se pode negar que revolucionou o meio científico.
    Para Freud o desenvolvimento psíquico é caracterizado pela evolução da psicossexualidade. Assim, distingue os estádios psicossexuais que diz pertencermos desde crianças: estádio anal, oral, fálico, de latência e genital.
    Além disso, o psicanalista descobriu técnicas que permitiam trazer ao consciente as causas não conhecidas, o que provoca patologias, instabilidade psíquica. Devido ao estudo da psicanálise, Freud pode encontrar quatro formas terapêuticas para a interpretação da mente humana:  as associações livres de ideias, a interpretação dos sonhos, a análise da transferência e análise  dos atos falhados.
   
Freud foi muito contestado, e ainda hoje o é devido a erros científicos ou por não concordarem apenas com a forma como ele abordou o nosso desenvolvimento. Apesar de tudo, a sua importância na ciência, mais precisamente no que diz respeito às doenças mentais, foi extrema e inegável.   


Marco Peixoto 12º A