
Estádio Oral (desde o nascimento até os 18 meses/ 2
anos):
A zona erógena deste estádio é a boca. A alimentação é uma grande fonte de
prazer e por esse motivo a interação com a mãe é determinante no seu
desenvolvimento futuro. É também neste estádio que se começa a desenvolver o
ego e o principal conflito neste nesta fase é o desmame. Segundo Freud uma boa
resolução deste estádio promove a confiança, e uma fixação pode explicar um
excesso de procura de gratificação oral como fumar.
Estádio Anal ( 2-4 anos):
A zona erógena neste estádio é a região anal. O prazer nesta fase esta
relacionado com o acto de reter/libertar as fezes e é nesta idade que se inicia
a aprendizagem de hábitos de higiene. O conflito vivido pela criança resulta
mesmo do processo de aquisição destas regras. De certa forma é aqui que se
inicia a criação do super-ego já que a criança hesita entre ceder ou opor-se as
regras de higiene impostas pelos pais. É importante uma equilibrada educação da
criança nesta idade de forma a promover uma boa resolução deste estádio, já que
a fixação nesta fase pode ser provocada pelo excesso/falta de rigor no
"treino de casa-de-banho" podendo resultar em comportamentos de ordem
compulsiva no retentivo-anal, ou por outro lado desordem e desarrumação no
expulsivo-anal.
Estádio Fálico (3/4 - 5/6 anos):
A zona erógena deste estádio é a zona genital. É a fase do exibicionismo,
onde a criança se apercebe da diferença que existe entre o corpo dos rapazes e
das raparigas, e obtém prazer a tocar nos órgãos genitais. O conflito vivido
nesta idade é muito intenso e é conhecido por complexo de édipo/electra. O
rapaz sente-se atraído pela mãe e vê o pai como um rival sentindo ódio por ele.
No entanto acredita que o sentimento é mutuo e teme a punição por parte do pai
na forma mais severa possível: a castração. O temor inconsciente que Freud
chama de "ansiedade de castração" provoca o recalcamento deste
sentimento incestuoso e ativa um mecanismo de defesa denominado identificação.
Por esse motivo o rapaz passa a identificar-se com o pai tentando imitar os
seus comportamentos e começa assim a desenvolver a sua masculinidade. As
raparigas passam por um processo semelhante, na resolução deste conflito.
Freud também refere que o ódio sentido pelo progenitor do mesmo sexo para
além do medo de retaliação, também cria um sentimento de culpa na criança que
contribui para o desenvolvimento do super-ego que sai reforçado nesta fase.
Estádio de latência (5/6 anos - puberdade):
Em oposição ao período fálico a criança passa nesta fase por um processo de
amnésia infantil. As experiências emocionais vividas nos primeiros anos de
sexualidade estão reprimidas, libertando assim a criança da pressão dos
impulsos sexuais. Este estádio é então caracterizado pela atenuação da
atividade sexual e pelo aumento do interesse da criança no desenvolvimento das
suas capacidades sociais e intelectuais. É importante também salientar que o
aparelho psíquico (id; ego; super-ego) se encontra completamente formado nesta
fase.
Estádio genital (depois da puberdade):
Este é o ultimo estádio de desenvolvimento psicossexual. Devido à maturação
biológica e à produção de hormonas sexuais a sexualidade desperta com grande
intensidade. Nesta fase é reativado e resolvido o complexo de édipo/electra,
mas desta vez é feito de forma realista e as escolhas sexuais são feitas
segundo a norma social e fora do âmbito familiar. É importante referir que em
oposição aos estádios anteriores em que a sexualidade da criança era
auto-erótica, ou seja, tinha como fim apenas o seu próprio prazer, neste
estádio desenvolve-se o desejo da gratificação sexual mútua bem como a capacidade
de amar.
ANA CLÁUDIA Nº 2 ,12A
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