segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Freud e a psicanálise.



 
Até à chegada de Freud acreditava-se que o ser humano, como ser racional, conseguia controlar todos os seus impulsos, negando desta forma a existência do inconsciente.

Porém com a chegada de Freud esta teoria caiu por terra. Este psicanalista acreditava que morava no inconsciente a ligação entre todos os acontecimentos mentais.
 

A composição do psiquismo humano divide-se em 3 partes : Consciente, pré-consciente e inconsciente.        

Consciente– a parte emersa (fora de água) corresponde à zona de contacto com o mundo exterior (ex: Raciocinio). É a parte da mente humana a que é possível chegar através da introspecção, ou seja, através da observação do que se passa no interior da nossa mente, dos fenómenos psíquicos que acontecem na nossa consciência. Ao contrário do inconsciente, é possível controlar voluntariamente o consciente dependendo das necessidades e exigências do ser humano. Até então, o ser humano era definido como um ser racional que controlava as suas acções através da sua vontade. Para Freud, a existência apenas do consciente não explicava muitos dos comportamentos humanos, designadamente certas patologias, o que levou Freud a afirmar a existência do inconsciente. A consciência pode ser sucintamente descrita como o organismo do sistema conhecedor humano que está intimamente relacionado com a mente e o pensamento humano. É considerada a função alta da mente, pois implica que o indivíduo seja conhecedor do mundo, estando plenamente ciente dos seus acontecimentos ou factos, de forma a poder participar ativa e determinantemente na sua construção histórica. A consciência permite igualmente ao ser humano perscrutar o ambiente, percebendo a relação com ele estabelecida.

O pré-consciente (zona de ligação entre o consciente e inconsciente) funciona como uma peneira que seleciona aquilo que pode passar para o consciente. O que não passa para o consciente fica recalcado. (Ex:Memórias) .Freud refere-se ao pré-consciente, o qual corresponde, no icebergue, a uma zona flutuante de passagem entre a parte visível e a oculta. É constituído por conteúdos psíquicos (memórias, conhecimentos armazenados) que podem ser recuperados de forma relativamente fácil. A sua função é impedir a manifestação de pulsões socialmente inaceitáveis, ocorrendo o recalcamento. O recalcamento é um processo normal e indispensável ao equilíbrio psicológico e social do indivíduo; porém, há limites para além dos quais pode ocasionar o aparecimento de comportamentos neuróticos. É em especial destes casos que a psicanálise se ocupa.

 A parte submersa corresponde ao inconsciente, formado por instintos, pulsões e desejos, muitos dos quais são socialmente inaceitáveis. O inconsciente é como um vasto contentor, onde estão depositados impulsos e motivos de base biológica. As duas categorias de instintos existentes no inconsciente humano são Eros (deus grego do amor) e Thanatos (deus grego da morte). Eros simboliza o instinto de vida que assegura as necessidades básicas: alimento, bebida, sexo; Thanatos representa o instinto de morte que está presente em todos os comportamentos agressivos e destrutivos.

O conjunto de pulsões e desejos inconscientes, essencialmente os de natureza sexual, possuem um dinamismo próprio cujo papel na determinação do comportamento humano é superior aos dos fenómenos conscientes.

 
 
Também se divide a composição do psiquismo humano em 3: ID, ego, Superego.

O ID


O id é o único componente da personalidade que está presente desde o nascimento. Este aspeto da personalidade é totalmente inconsciente e inclui os comportamentos instintivos e primitivos. De acordo com Freud, o id é a fonte de toda a energia psíquica, tornando-se o principal componente da personalidade.

O ID é impulsionado pelo princípio do prazer , que se esforça para a gratificação imediata de todos os desejos, vontades e necessidades. Se essas necessidades não são satisfeitas imediatamente, o resultado é um estado de ansiedade ou tensão. Por exemplo, um aumento da fome ou de sede deve produzir uma tentativa imediata de comer ou beber.O id é muito importante no início da vida, porque garante que as necessidades de uma criança sejam cumpridas. Se a criança está com fome ou desconfortável, ela vai chorar até que se cumpram as exigências do id.

O Ego


O ego é o componente da personalidade que é responsável por lidar com a realidade. De acordo com Freud, o ego se desenvolve a partir do id e garante que os impulsos do id possa ser expresso de forma aceitável no mundo real.

O ego opera com base no princípio da realidade , que se esforça para satisfazer os desejos do id de maneira realista e socialmente apropriadas. O princípio da realidade pesa os custos e benefícios de uma ação antes de decidir sobre abandonar ou satisfazer os impulsos.

 

O Superego


O último componente da personalidade a se desenvolver é o superego. O superego é o aspecto da personalidade que mantém todos os nossos padrões morais internalizados e ideais que adquirimos a partir de ambos os pais e da sociedade - o nosso senso do certo e errado. O superego fornece diretrizes para fazer julgamentos. De acordo com Freud, o superego começa a surgir em torno de cinco anos de idade.
 

                                                 ANA CLÁUDIA Nº2 , 12 A .
 
 

 

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