Porém com a
chegada de Freud esta teoria caiu por terra. Este psicanalista acreditava que
morava no inconsciente a ligação entre todos os acontecimentos mentais.

A composição do psiquismo humano divide-se em 3 partes :
Consciente, pré-consciente e inconsciente.
Consciente– a parte
emersa (fora de água) corresponde à zona de contacto com o mundo exterior (ex:
Raciocinio). É a parte da mente humana a que é possível chegar através da
introspecção, ou seja, através da observação do que se passa no interior da
nossa mente, dos fenómenos psíquicos que acontecem na nossa consciência. Ao
contrário do inconsciente, é possível controlar voluntariamente o consciente
dependendo das necessidades e exigências do ser humano. Até então, o ser humano
era definido como um ser racional que controlava as suas acções através da sua
vontade. Para Freud, a existência apenas do consciente não explicava muitos dos
comportamentos humanos, designadamente certas patologias, o que levou Freud a
afirmar a existência do inconsciente. A consciência pode ser sucintamente descrita como o
organismo do sistema conhecedor humano que está intimamente relacionado com a
mente e o pensamento humano. É considerada a função alta da mente, pois implica
que o indivíduo seja conhecedor do mundo, estando plenamente ciente dos seus
acontecimentos ou factos, de forma a poder participar ativa e determinantemente
na sua construção histórica. A consciência permite igualmente ao ser humano
perscrutar o ambiente, percebendo a relação com ele estabelecida.
O pré-consciente (zona de ligação entre o consciente e
inconsciente) funciona como uma peneira que seleciona aquilo que pode passar
para o consciente. O que não passa para o consciente fica recalcado.
(Ex:Memórias) .Freud
refere-se ao pré-consciente,
o qual corresponde, no icebergue,
a uma zona flutuante de passagem entre a parte visível e a oculta. É
constituído por conteúdos psíquicos (memórias, conhecimentos armazenados) que
podem ser recuperados de forma relativamente fácil. A sua função é impedir a
manifestação de pulsões socialmente inaceitáveis, ocorrendo o recalcamento. O recalcamento é um processo normal e
indispensável ao equilíbrio psicológico e social do indivíduo; porém, há
limites para além dos quais pode ocasionar o aparecimento de comportamentos
neuróticos. É em especial destes casos que a psicanálise se ocupa.
A parte
submersa corresponde ao inconsciente, formado por instintos,
pulsões e desejos, muitos dos quais são socialmente inaceitáveis. O inconsciente
é como um vasto contentor, onde estão depositados impulsos e motivos de base
biológica. As duas categorias de instintos existentes no inconsciente humano
são Eros (deus grego do amor) e Thanatos (deus grego da morte). Eros simboliza
o instinto de vida que assegura as necessidades básicas: alimento, bebida,
sexo; Thanatos representa o instinto de morte que está presente em todos os
comportamentos agressivos e destrutivos.
O conjunto de pulsões e desejos
inconscientes, essencialmente os de natureza sexual, possuem um dinamismo
próprio cujo papel na determinação do comportamento humano é superior aos dos
fenómenos conscientes.
Também se divide a composição do psiquismo humano em 3: ID, ego,
Superego.
O ID
O id é o único componente da personalidade
que está presente desde o nascimento. Este aspeto da
personalidade é totalmente inconsciente e inclui os comportamentos instintivos
e primitivos. De acordo com Freud, o id é a
fonte de toda a energia psíquica, tornando-se o principal componente da
personalidade.
O ID é impulsionado pelo princípio do prazer
, que se esforça para a gratificação imediata de todos os desejos, vontades e
necessidades.
Se essas necessidades não são satisfeitas
imediatamente, o resultado é um estado de ansiedade ou tensão. Por exemplo, um aumento da fome ou de sede deve produzir uma
tentativa imediata de comer ou beber.O id é muito importante no início da vida,
porque garante que as necessidades de uma criança sejam cumpridas. Se a criança está com fome ou desconfortável, ela vai chorar
até que se cumpram as exigências do id.
O Ego
O ego é o componente da personalidade que é
responsável por lidar com a realidade. De acordo com
Freud, o ego se desenvolve a partir do id e garante que os impulsos do id possa
ser expresso de forma aceitável no mundo real.
O ego opera com base no princípio da
realidade , que se esforça para satisfazer os desejos do id de maneira realista
e socialmente apropriadas. O princípio da
realidade pesa os custos e benefícios de uma ação antes de decidir sobre
abandonar ou satisfazer os impulsos.
O Superego
O último componente da personalidade a se
desenvolver é o superego. O superego é o
aspecto da personalidade que mantém todos os nossos padrões morais
internalizados e ideais que adquirimos a partir de ambos os pais e da sociedade
- o nosso senso do certo e errado. O superego
fornece diretrizes para fazer julgamentos. De
acordo com Freud, o superego começa a surgir em torno de cinco anos de idade.
ANA
CLÁUDIA Nº2 , 12 A .
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